BRAVO!

O principal objetivo da Associação Brasileira para Pesquisa em Visão e Oftalmologia (BRAVO, na sigla em inglês – Brazilian Research Association for Vision and Ophthalmology) é estabelecer ligação entre a pesquisa básica e a Oftalmologia clínica e cirúrgica.

A associação foi criada há aproximadamente onze anos por pesquisadores de várias áreas científicas e médicos oftalmologistas que tinham como denominador comum a participação nos encontros anuais da  Association for Research in Vision and Ophthalmology (ARVO). A atuação da entidade se faz sentir principalmente na participação em congressos e eventos oftalmológicos e da área de biologia, no incentivo à troca de informações e experiências entre seus associados e pesquisadores de todo mundo e na outorga de prêmios de incentivo à produção científica.

“Congregamos pessoas de diferentes áreas e de diferentes experiências para aumentar o diálogo entre a clínica e a pesquisa básica e, dentro de nossa entidade, temos estudiosos de córnea e glaucoma, por exemplo, ao lado de pesquisadores da área básica que trabalham com os mecanismos cerebrais que evolvem a visão”, declarou Dânia Emi Hamassaki, presidente da BRAVO.

Emi Hamassaki, que é farmacêutica e bioquímica de formação e professora titular do Departamento de Biologia Celular & Desenvolvimento do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, considera que os encontros promovidos pela BRAVO possibilita uma rica troca de experiências que acaba se refletindo no aprimoramento do nível científico da Oftalmologia.

A BRAVO faz parte da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) e participa dos congressos anuais desta entidade maior. Também é o capítulo brasileiro da ARVO, entidade que conta com mais de 12 mil associados em todo mundo. Há alguns anos participa dos congressos brasileiros e de prevenção da cegueira e reabilitação visual, promovidos pelo CBO, com simpósio próprio, da mesma forma que participa do Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (Simasp).

“Com essa atividade, conseguimos divulgar a pesquisa básica entre os médicos oftalmologistas, bem como as pesquisas que se faz em Oftalmologia para as sociedades científicas de diversas matizes. Recentemente a BRAVO organizou um simpósio sobre células tronco, que teve repercussão, e um curso sobre terapia gênica que reuniu grandes nomes da área. De forma diferente dos congressos das sociedades oftalmológicas, nossos eventos permitem múltiplas abordagens e, sem trocadilho, múltiplos olhares”, afirma Christina Joselevitch, tesoureira da BRAVO, veterinária de formação e professora doutora do Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP.

As representantes da associação apontam como ação importante o Prêmio BRAVO/Allergan, instituído em 2008, que concede aos autores dos melhores trabalhos apresentados à entidade ajuda de custo para participarem do encontro anual da ARVO. Por fim, assinalam que a BRAVO também estabelece contato com pesquisadores estrangeiros e realiza gestões para que façam apresentações no Brasil.

A BRAVO conta atualmente com cerca de 150 associados. Seu site na internet foi inteiramente reformulado para permitir a publicação de estudos e notas prévias sobre as diferentes pesquisas em andamento. Também existe grande esforço para angariar mais associados e ampliar a presença da entidade em instituições universitárias e de pesquisa de todo o País. A associação e a obtenção de mais informações sobre a entidade podem ser efetivadas a partir do site www.bravo.org.br

“Temos o patrocínio da Allergan há muito tempo. Estabelecemos parceria com a Bayer para determinadas atividades em 2014 e, além disso, recebemos subsídios da ARVO para reformular o site e para favorecer visitas de pesquisadores internacionais ao Brasil. Como a maioria das sociedades científicas sem fins lucrativos, nossos recursos são limitados, mas temos incrementado nossas atividades em benefício da ciência e da Oftalmologia”, concluiu a presidente da BRAVO, Dânia Emi Hamassaki.

Vencedores do Prêmio BRAVO/Allergan de 2014

Joyce dos Santos Freitas (*) – Avaliação da angulação do erro de ordenamento de matizes em crianças expostas ao metilmercúrio

(*) Enfermeira graduada pela Universidade da Amazônia. Foi estagiária do Hospital Geral da Unimed (HGU) nos setores de Clinica Medica, Bloco Cirúrgico, CME e UTI, e do Hospital Ophir Loyola, na Gerência de Risco. Atualmente é mestranda do Programa de Pós Graduação em Doenças Tropicais do Núcleo de Medicina da Universidade Federal do Pará. (currículo Lattes)

Priscilla Sayami Akamine (*) – Células gliais de Müller interferem na expressão gênica de componentes da matriz vítrea

(*) Possui bacharelado em Biologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2001) e atualmente é técnica de laboratório no Instituto de Ciências Biomédicas da USP, trabalhando no Laboratório de Biologia Celular da Retina. (currículo Lattes)

Everton Horiquini Barbosa (*) – Deficiência de ferro durante o período crítico do desenvolvimento encefálico causa danos axonais no nervo óptico de ratos: avaliação morfológica e morfométrica

(*) Possui Graduação em Fisioterapia pela Universidade de Franca (2009) e Mestrado em Ciências pela Universidade de São Paulo (2013). Atualmente é Doutorando do programa de pós-graduação em Psicobiologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP, desenvolvendo pesquisas na área de morfologia e morfometria do tecido nervoso em microscopia de luz e eletrônica de transmissão. (currículo Lattes)