A queixa mais comum nos consultórios oftalmológicos é a irritação ocular, os olhos vermelhos. Eles acometem pessoas de qualquer idade e em ambos os sexos. Olho vermelho é sinal de conjuntivite, de inflamação da conjuntiva, a membrana transparente que recobre a parte branca do olho (esclera).
Suas causas são muito variáveis, mas existem, basicamente, três tipos de conjuntivite:
• Bacterianas;
• Virais;
• Alérgicas.
As conjuntivites virais e as bacterianas, em alguns aspectos, são muito semelhantes:
• Começam por um dos olhos, e depois de três ou quatro dias acometem o outro;
• Deixam os olhos vermelhos;
• Formam lacrimejamento em excesso.
Diferentemente das bacterianas, porém, nas conjuntivites virais não há formação de pus, e sim de muco. O olho amanhece grudado e durante o dia ocorre um excesso de lágrimas. É importante ressaltar que os dois tipos são muito contagiosos. Principalmente a viral. Como o olho vermelho que não forma muita secreção engana, as pessoas não tomam cuidado e a disseminação da doença ocorre em larga escala.
O contágio ocorre por contato. A pessoa enxuga os olhos e cumprimenta alguém ou seca o rosto numa toalha que vai ser usada por mais gente e passa o vírus para os outros. Por isso, é tão importante que durante a fase aguda e de contágio os pacientes evitem apertar as mãos de outras pessoas, utilizem papel descartável para a limpeza dos olhos e separem talheres, toalhas e outros objetos de uso pessoal. Lenços de pano são desaconselhados.
A conjuntivite viral está geralmente associada com um resfriado ou garganta irritada. Bactérias como Staphylococcus e Streptococcus muitas vezes causam conjuntivite bacteriana. A gravidade da infecção depende do tipo de bactéria envolvida. Para a conjuntivite viral, não há tratamento específico. Compressas podem ajudar a aliviar o incômodo.
Ao contrário do que se acredita, água boricada não deve ser usada. Ela pode aliviar os sintomas da conjuntivite, mas sua composição pode provocar reação alérgica intensa. As compressas devem ser feitas com água natural ou mineral. A água deve estar fria porque o frio ajuda a desinflamar, a desinchar os olhos. Além disso, seu oftalmologista indicará colírios para reduzir o vermelho e a inflamação.
Não se deve usar colírios com antibiótico em conjuntivites virais porque não existem bactérias para matar e eles podem provocar alergia. Nas conjuntivites bacterianas, o quadro inclui a secreção purulenta (pus), que persiste ao longo do dia. Nesse caso, colírios à base de antibióticos podem ser indicados pelo seu oftalmologista. Muito raramente o tratamento inclui antibióticos por via oral. A ardência é um sintoma comum nas conjuntivites bacterianas e virais. As conjuntivites alérgicas ocorrem com maior frequência em pessoas com predisposição a desenvolver alergias. Conjuntivite alérgica também pode ser causada pela intolerância a substâncias como cosméticos, perfumes ou drogas.
Existem dois tipos de conjuntivite alérgica: sazonal e perene. O primeiro é o mais comum, e se manifesta na maioria das pessoas que já apresenta outras alergias. É associado com alergias sazonais que ocorrem geralmente durante os meses de primavera e verão. A conjuntivite alérgica perene persiste ao longo do ano e geralmente é desencadeada por alérgenos, como pelo animal, ácaros e mofo. Somente o médico oftalmologista pode avaliar os resultados obtidos com o colírio receitado e aconselhá-lo sobre o uso futuro. Se os sintomas parecem piorar, ligue para seu oftalmologista imediatamente.
Conjuntivite requer atenção médica. O tratamento adequado depende da causa do problema. Seu oftalmologista poderá prescrever, além de colírios, outros medicamentos anti-inflamatórios, antialérgicos e compressas frias. Assim como o resfriado comum, a conjuntivite viral não tem cura, porém os sintomas podem ser aliviados. A conjuntivite viral geralmente desaparece dentro de três semanas.
• Desinfete superfícies como maçanetas e balcões com solução de água sanitária diluída;
• Não nade (algumas bactérias podem se espalhar na água);
• Evite tocar no rosto;
• Lave as mãos com frequência;
• Não compartilhe toalhas ou roupas;
• Não reutilize lenços (prefira os de papel);
• Evite apertos de mãos.
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